A Igreja no Brasil vai dedicar o ano de 2018 para refletir o protagonismo dos leigos na Igreja. A abertura foi no dia 26 de novembro de 2017, na Solenidade de Cristo Rei, e será encerrado dia 25 de novembro de 2018. O ano nasceu pela celebração dos 30 anos do Sínodo Ordinário sobre os leigos de 1987 e da Exortação Apostólica Christifideles Laici, de São João Paulo II, sobre a vocação e missão dos leigos na Igreja e no mundo (1988).
O tema escolhido para animar a mística do Ano do Laicato foi: “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino” com o lema: “Sal da Terra e Luz do Mundo”, Mt 5,13-14. A comissão Episcopal Especial para o Ano do Laicato, pretende despertar nos leigos o seu papel no mundo e na Igreja e que eles possam aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade.
Como membro ativo de uma comunidade local e como religiosa, pude perceber que um dos grandes desafios para que o leigo exerça o seu papel na Igreja com protagonismo e liberdade, é a atitude egoísta de muitos sacerdotes que centralizam tudo em sus mãos, com uma atitude autoritária e controladora. A grande maioria além de não investir na formação dos leigos, impedem que estes sejam protagonistas e inovadores. Por que de tais atitudes? Por que tantos sacerdotes chegam em uma comunidade e destroem sem nenhuma consideração o trabalho dos leigos? Ao celebrar este ano do laicato, que a Igreja com seus pastores, possam rever tais atitudes e se coloquem a serviço do povo de Deus, razão pela qual eles existem. Se um sacerdote não está à disposição do povo, seja para celebrar os sacramentos, seja para acolhe-los, escutar e orientar, ele está equivocado na sua vocação. O sacerdote não é melhor que nenhum leigo, ele apenas tem uma maior responsabilidade na missão da Igreja. São pessoas normais como cada um de nós, que precisa ser acolhido, respeitado, amado e não bajulado. A sacristia é o berço do serviço e de uma acolhida mais intima e não lugar de fofoca e de privilegiados.
Uma Igreja não existe sem os leigos. O sacerdote não tem razão de ser, se não existem os leigos. Somos um corpo, o corpo de Cristo, nosso verdadeiro Senhor e mestre.
Palavras de Dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro:
Os cristãos leigos estão na linha mais avançada da vida da Igreja; e devem ter uma consciência clara, não somente de pertencerem à Igreja, mas de “serem e sentirem com a Igreja”, isto é, a comunidade dos fiéis na terra em unidade com o Santo Padre, o Papa, e em comunhão com seus Bispos. Juntos, como a Igreja...
PROGRAMAÇÃO:
A Comissão Episcopal Especial para o Ano do Laicato organizou as atividades em quatro eixos: 1) Eventos; 2) Comunicação, catequese e celebração; 3) Seminários temáticos nos Regionais; e 4) Publicações. O Ano do leigo, pretende ainda: “Dinamizar o estudo e a prática do documento 105: ‘Cristãos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade’ e demais documentos do Magistério, em especial do Papa Francisco, sobre o Laicato; e estimular a presença e a atuação dos cristãos leigos e leigas, ‘verdadeiros sujeitos eclesiais’ (DAp, n. 497a), como “sal, luz e fermento” na Igreja e na Sociedade.
Fonte: CNBB
E-mail: anodolaicato@cnbb.org.br
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