Lembrando que o que os autores desejam transmitir não é a origem de cada gesto, mas perguntar as Sagradas Escrituras o que ela associa com cada uma das posturas e tomar consciência da nossa própria tradição.
Cobrir o rosto com as mãos
Antigamente este gesto era usual depois da comunhão, para agradecer a Deus pelo mistério da Eucaristia. Com este gesto nos isolamos de tudo o que está ao nosso redor e mergulhamos em nosso próprio interior. Algumas pessoas gostam de rezar com este gesto por sentir maior concentração. É importante prestar atenção nas mãos, pois elas estando mais afastadas ou próximas do rosto revelaram diferentes estados de oração: podemos sentir o calor da fase de Deus ou brigar com Ele. Ao tocar nosso rosto, tocamos ao mesmo a face de Deus, que nos criou a sua imagem e semelhança.
Imposição das mãos
No Novo Testamento, a imposição das mãos é um gesto de benção e de cura. Atualmente é usado oficialmente na ordenação diaconal e sacerdotal. Nos últimos cem anos ele foi reabilitado como por exemplo na absolvição dos pecados, no sacramento da reconciliação. Também na benção nupcial e outros ritos. O gesto expressa proteção e aconchego.
Por sua própria natureza o gesto de imposição das mão,s produz um sentimento positivo na outra pessoa. Ele gera calidez. Algo começa a fluir. Por meio deste gesto os primeiros cristãos passaram o Espirito Santo adiante e curaram os enfermos. Por meio deste gesto, cada um pode torna-se mediador do agir curador e redentor de Jesus para o outro. Podemos passar adiante a plenitude da vida que Cristo nos presenteou. O decisivo é que este gesto transmita mais do que o benquerer pessoal. Ao inspirar deixo que ele flua para dentro de mim, e ao expirar deixo que ele flua através das minhas mãos para dentro do outro.
Bater no peito
Este gesto é muito conhecido como sinal de arrependimento e penitencia, mas é também um gesto que entramos em contato com nosso próprio coração.
O sinal da Cruz
Por incrível que pareça, este gesto não é reservado somente aos cristãos, mas também em outras religiões que não são citadas no momento pelo autor. Desde os primeiros séculos, o sinal da cruz era usual entre os cristãos, como meio de proteção, ao mesmo tempo que a confissão de Jesus crucificado.
O sinal da cruz une todos os opostos dentro do ser humano. Ele começa na testa, onde assinalamos o amor de Deus em nosso pensamento. Em seguida vai até o abdômen, que representa a vitalidade, a fecundidade e a sexualidade. Depois segue o ombro esquerdo para o direito. O ombro esquerdo figura o inconsciente, o direito o consciente. Mas também existem outros significados, mas o importante que todos os opostos confiamos a Deus.
Fonte: Rezar com o corpo, o poder curativo dos gestos, de Anselm Grus e Michael Recepen, monges cisterciense
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