Esta obra do Pe. João Carlos Almeida é realmente uma leitura fascinante, agradável e atraente. A obra surgiu a partir da análise da pintura de Leonardo da Vinci: a Santa Ceia, uma de suas principais obras que foi pintada no refeitório da Igreja de Santa Maria Delle Gracia, dos frades dominicanos, entre os anos de 1494-1498. Ao longo de seu trabalho, da Vinci pesquisou detalhadamente as características de cada um dos apóstolos. O resultado podemos constatar na obra que perdura a séculos.
A pintura retrata o momento em que Jesus teria dito aos doze, que um dentre eles iria trai-lo. Através da disposição e reação de cada um deles, o Pe. João Carlos descobriu que é possível conhecer um pouco mais sobre eles, ao mesmo tempo que constata que o grupo formado por Jesus, não era um grupo perfeito, mas um grupo formado por pessoas completamente diferentes e de temperamento nada fácil, mas Jesus o mestre amoroso soube liderar e trabalhar com o potencial e os defeitos de cada um deles.
Pe. João Carlos desenvolve sua obra fazendo um paralelo com o mundo empresário, mostrando que em nossos grupos também encontramos pessoas difíceis, com características ambiciosas, rancorosas, irônicas, impulsivas, invejosas entre outras, que podem ser nocivos ao grupo, se não percebidos e trabalhados.
Jesus demonstra que não existe empresa e grupo perfeito, mas sim grandes líderes que sabem trabalhar com aquilo que tem e motivar as pessoas a darem o melhor de si, segundo seus potenciais. Pe. João Carlos nos mostra que se queremos formar uma equipe de sucesso, não devemos temer escolher pessoas difíceis, pois crê que elas têm o potencial de liderança que está aplicado no campo errado. Também nos convida a seguir o exemplo de Jesus para descobrir o grande potencial que está por detrás destas pessoas. Ademais crê importante conhecer as principais características destas pessoas, para evitar bater de frente e saber administrar e evitar conflitos.
Antes de refletir sobre a personalidade de cada um dos apóstolos, encontramos páginas preciosas sobre alguns saberes fundamentais da humanidade que revelam a arte de resolver conflitos ou mesmo evita-los antes que ocorram, pois os verdadeiros líderes são aqueles que se esmeram na arte de administrar os conflitos e que trabalham para que no grupo exista uma coesão em torno da meta desejada.
A partir da leitura podemos refletir e não temer as pessoas difíceis, descartando-as de nossas vidas por algumas características que nos desagradam, mas nos anima e orienta a conhece-las mais a fundo para poder orientar para uma função que converta tais falhas para o bem da empresa e do grupo. Exemplo: os fofoqueiros podem ser espertos em relações públicas, desde que recebam orientações assertivas; o ambicioso pode se tornar um gerente de sucesso, basta deixa-lo tomar a iniciativa e purificar suas motivações e egocentrismo. O que precisamos é descobrir e apostar no potencial positivo das pessoas para ter uma equipe de líderes de sucesso.
Algumas dicas do autor para administrar conflitos:
- Pense o que Jesus faria em seu lugar;
- Conte até 10 ou o que seja necessário;
- Respire fundo;
- Não de a resposta apressadamente;
- Mude de assunto;
- Procure entender o ponto de vista do outro (coloque-se no lugar do outro e pense se fosse você);
- Cada conflito esconde uma lição, aproveite para aprender e se conhecer;
- Para algumas pessoas a distância é a única solução;
- Lembre-se da linha de trem: pare, olhe e escute;
- Esta com raiva? Busque distração e não de corda a ela
- Elogie: melhor cultivar trigo do que arrancar joio;
- Coração quente cabeça fria, o contrário é tragédia certa;
- Pergunte se poderia ser pior;
- Lembre-se de que o corpo fala, permita que o outro coloque a raiva para fora;
- Após tudo isso, não deixe de dizer o que você pensa;
- Procura um lugar tranquilo e faça uma prese.
Para terminar destaco quatro estratégias deixadas pelo autor:
- Identificar os tipos difíceis e descobrir como funciona seu mecanismo;
- Compreender e buscar a origem de tal comportamento, pois, o líder sabe ser compreensível;
- Influencia. Para influenciar alguém o autor crê que vale a regra: “faça ao outro o que gostaria que ele fizesse a você”. É importante também se interessar pela pessoa, pelo o que faz e valoriza-lo.
- Converte o comportamento desta pessoa de modo que o grupo possa avançar em direção a meta, valorizando a pessoa e minimizar seus defeitos. Mostre que também tem dificuldade e evite bater de frente.
Boa leitura e que este artigo vos sirva de algo.
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