segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Vendedores ambulantes nos coletivos, o que você acha?


    Na segunda quinzena do mês de dezembro retornei para minha cidade natal, Vitória /ES, e um fato de chamou bastante atenção, gerando inclusive um certo incomodo: o crescente número de vendedores ambulantes nos ônibus e terminais da capital, que a todo o instante entram oferecendo suas mercadorias. Acredito que temos o direito de fazer uma viajem tranquila, sem incômodos. É certo que temos este direito, mas venho me sensibilizando com a realidade de tantos homens e mulheres desempregados, pessoas honestas que tem uma família para alimentar, e por isso, não cruzam os braços, mas, dia a dia saem para garantir o seu sustento. É certo que nem sempre podemos ajudar a estas pessoas comprando suas mercadorias, até mesmo porque a situação econômica do país não é das melhores, e prejudica diretamente e especialmente a classe média e baixa, no entanto podemos garantir a elas o nosso respeito e compreensão. 

    Muitas vezes desprezamos alguém por consideramos que somos melhores que os outros, mas a dignidade das pessoas não se mede pelo o que ela faz. A dignidade é um direito que todos temos. Se alguém não está vivendo livremente com dignidade, é porque este está sendo usurpado por alguém / sistema, governo, etc. 

    A empatia é uma virtude que nos permite sentir no lugar do outro, sentir com ele. Esta virtude é experimentada por poucos. O que vemos no cotidiano é um número absurdo de violência, de intolerância e falta de respeito. Ninguém escolhe trabalhar vendendo água, bala, doces pelas ruas e coletivos, mas foi a oportunidade que encontram para honrar sua vida e seguir lutando para um futuro melhor. Não desprezemos a estas pessoas. Ofereçamos a elas o nosso melhor sorriso e gentileza, encorajando-as em suas lutas, pois hoje são elas, mas amanhã pode ser um de nós.


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