terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Vícios do nosso século


   Um fenômeno atual tem me chamado bastante a atenção e não escondo que também gera certo incômodo. Me refiro ao exibicionismo em cadeia! Todos os dias nossas redes sociais são bombardeadas com inúmeros exibicionismos egocêntricos, de pessoas que a todo o instante querem nos informar de suas atividades, do que fazem ou deixam de fazer, sem ao menos nos perguntar se isso interessa a alguém. A pessoa está na praia: self, no banheiro: self, no ônibus: self, comendo: self, na rua self, no espelho: self e assim por diante. O mal não está em tirar foto, só em que elas deixaram de ser lembranças de boas para ser paparazzo. Isso é de uma imbecilidade sem tamanho! Todas estas coisas são sinais de uma sociedade liquida, onde tudo e nada tem valor. O professor Leandro Karnal, diz que isso mostra que não sabemos saborear as experiências que temos. Sem perceber alimentamos um vazio existencial, um desejo de ser amados desesperadamente. Para muitos vivemos o tempo das aparências, onde a moda é ditada, o corpo deve seguir um padrão específico e nós devemos ser X ou Y. Já vi gente doente e se matando porque não se encaixava no padrão. Isso é um horror, mas quem alimenta está sociedade fútil somos nós. Não questiono a simples postagem, mas o seu conteúdo, onde as mulheres se expõem como carne fresca no açougue e em promoção. Onde expomos nossa intimidade, trabalho, relação... Não é porque estamos no auge da internet e dos equipamentos avançados é que devemos estar conectados a todo tempo.



O celular tem vencido muita gente que não sabe viver sem ele. Em uma roda de amigos é difícil de ver alguém sem um celular na mão. Até na hora do almoço, lá está o bendito. O celular já nem tem mais descanso. E o diálogo? A troca de olhar? O uso continuo do celular é um vício que está entre as crianças, jovens, adultos e já conquistou também o público da terceira idade. Na relação com estes meios de comunicação devemos mostrar quem é o adulto. 



Minha intenção não é aborrecer ninguém, mas ajudar que vivam com mais liberdade e qualidade de vida, a curto, médio e longo prazo.

# Fica a dica!

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