Segundo Domingo do Tempo Comum
Jesus por onde passa, revela a presença amorosa e
libertadora de Deus.
São Paulo na carta aos Coríntios: 1 Cor 9, 16-13, não se gloria por ser um anunciador do Evangelho de Jesus Cristo, porque sabe que esta não é uma tarefa fácil e de iniciativa própria, mas que Deus mesmo o chama e conduz. O Evangelho não é um simples conteúdo, mas é a presença de Deus junto ao seu povo por meio de Jesus, seu enviado.
Sem Deus ou a crença em seu ser, podemos ser reduzidos ao desespero e a angustia, como vemos na primeira leitura de Jó 7, 1-7. Por isso, o salmo de hoje, 146 nos convida com tanta veemência a louvar a Deus, porque Ele é bom e conforta os corações.
Toda a herança de fé recebida, a temos em grande parte dos judeus que por anos alimentaram a fé em um enviado de Deus que os libertaria da opressão romana e qualquer outra que fosse. Como vemos, Jesus surge do meio do povo, cresce sem distinções, fazendo-se pequeno com os pequenos e último com os últimos. Conhecia muito bem seu povo e seus clamores, sofria com eles a indiferença religiosa e política. Diante dos outros povos os judeus sempre foram rejeitados e mal compreendidos. Assim, deste mesmo modo Jesus se encarnou, fazendo-se semelhante a raça humana, fazendo-se irmão e não um soberano arrogante e distante.
Por isso na narração de hoje: Marcos 1, 29-39, contemplamos alguém simples, sensível, que se fez amigo, um conterrâneo, que acolhe as pessoas, entende suas dores, suas lutas, que se aproxima, toca e sem medo, olha nos olhos. Seu preço? Era ver as pessoas livres e felizes, sendo senhoras de suas vidas, crendo-se capazes. Muitas pessoas, até mesmo entre os seus discípulos tentaram retê-lo, no entanto, ele sabia que o que fazia não era por si mesmo, mas que era uma obra de Deus, por isso sem medo se aventurava constantemente em novos caminhos, transmitindo em gestos e palavras a Boa Nova de Deus para o seu povo.
Deus não morreu, ele continuamente envia seus sinais e seus enviados. No mundo existe muita bondade, mas somente a violência ganha ibope nos jornais, porque ela gera mais violência e medo. Deus é um cavalheiro que chega de mansinho e não faz nada sem o nosso consentimento.
Feliz semana!
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