Saudações a todos os queridos amigos (as) e irmãos (as) que me acompanham nas diversas reflexões. Infelizmente o trabalho, os estudos, o cansaço e demais responsabilidades me impedem de dedicar mais tempo ao blog como gostaria. A reflexão da liturgia deste final de semana, chega um pouquinho, bastante atrasada, mas desejo que seja uma palavra que aqueça e ilumina sua semana.
A liturgia 18º domingo do tempo comum, continua na mesma sintonia dos domingos anteriores, onde Deus se revela como um Pai bondoso e misericordioso com seu povo, alimentando não somente sua fome material, mas velando por todas as suas necessidades, ao ponto de se oferecer a si mesmo na pessoa de Jesus, como pão de vida eterna.
Este pão de vida eterna, alimenta na medida em que acolhemos a pessoa de Jesus Cristo e aderimos ao seu projeto de vida. Aderir a este projeto nos dias de hoje não significa retroceder ou optar por algo caduco, pois o Evangelho é o testemunho do desejo de Deus para toda a humanidade. Quando este (o Evangelho) é bem anunciado e compreendido, é capaz de nos fazer perceber a beleza da vida e romper com aquilo que seja contrário a ela, seja em nós ou nos ambientes onde estamos inseridos.
Acolher ao Evangelho hoje, significa romper com toda a onda de desesperança e desilusão que parece atingir a todos em diversos momentos da vida. A esperança é o que nos move, é um fio de vida que não pode ser desligado do seu gerador (Deus como princípio de tudo e a essência de cada ser humano, de cada cultura) do contrário seremos submersos pela noite escura da indiferença, do relativismo, do descartável, do individualismo e do subjetivismo, que querem ter a primazia, mas são frutos de morte e perda de sentido.
O individualismo narcisista não faz parte do plano de Deus. Podemos conferir nos diversos relatos bíblicos que Deus sempre se dirige a um povo, a uma comunidade, não somente a indivíduos isoladamente, e quando isso acontece, parte de uma realidade concreta e com uma missão específica.
Por que insistimos em um individualismo egocêntrico? Fomos criados na comunhão da Trindade, de um Deus amor, de um Deus Trino, que a todo instante vela pelas suas criaturas. Na história de salvação do povo de Israel, contida nas páginas do Antigo Testamento, contemplamos a paternidade de um Deus com características antropomórficas: que caminha com seu povo, senti suas dores, vibra com suas alegrias e com ele sela uma aliança, que não se rompe mesmo frente às suas infidelidades.
Na 1º leitura do livro do Êxodo 16, 2-4.12-15, veremos a ingratidão do povo e a murmuração que fazem contra Moisés e Aarão, diante das dificuldades enfrentadas na caminhada pelo deserto rumo à Terra Prometida. Quantas vezes nós também desanimamos e nos queixamos diante dos desafios da vida, esquecendo de olhar adiante e de nos perguntar o para que das coisas que nos sucedem. Na maioria das vezes caímos no vitimismo, nos "por que" e "se", culpamos a Deus e ao mundo. Somos pessoas mimadas, queremos tudo a nossa maneira e, sem perceber relegamos estes caprichos ao campo da fé, sem saber apreciar as estações da vida e a beleza de cada fase.
Não duvidem meus irmãos, assim como no deserto sofrido por Israel, Deus também nos acompanha nos tantos desertos da vida, promovendo o pão necessário para a caminhada.
Como nos apresenta a 2º leitura: Ef, 4,17.20-24, é necessário nos despojarmos do homem velho, da mulher velha que nos habita e endurece o nosso coração. Revistamo-nos do homem novo, Abramo-nos as surpresas e belezas da vida, e como diz Jesus no v. 27 do Evangelho de hoje: João 6, 24-35, "esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna".
A vida é única, onde estamos depositando a nossa felicidade? Quais são os nossos verdadeiros sonhos? Quantos deles temos realizado? Em que gastamos a nossa energia? De que pão estamos nos alimentando e alimentando a nossa família?
Na vida tudo passa, por isso, saiba ser grato, saiba pedir a Deus o pão necessário para sua vida, pois quem nele crê, nunca mais terá sede, pois ele é o Pão da nossa vida.
Uma feliz semana queridos amigos
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